quarta-feira, 17 de março de 2010

Escolas da rede estadual de ensino iniciam nova fase:


Unindo educação regular ao ensino profissionalizante, começaram ontem as aulas em mais sete escolas estaduais de educação profissional. Agora, 59 instituições em todo o Ceará
Mariana LazariEspecial para O POVO

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Começou ontem o ano letivo em sete novas escolas de educação profissional da rede estadual de ensino. Distribuídas em Fortaleza, Amontada e Paraipaba, as escolas, que funcionavam com ensino regular até o ano passado, passam agora a oferecer o ensino médio integrado, união do currículo tradicional a disciplinas de cursos técnicos. Por meio desse projeto, desenvolvido pela Secretaria da Educação do Ceará (Seduc), jovens saem da escola com formação profissional.

Na Capital, são cinco novas escolas oferecendo cursos técnicos. Ao todo, desde 2008, o projeto já foi implantado em 17 instituições da rede estadual. Na Escola Joaquim Moreira de Sousa, no bairro Parangaba, são 160 alunos divididos em turmas de Administração, Contabilidade, Secretariado e Informática. O prédio foi reformado para receber os estudantes e a nova estrutura curricular. As aulas acontecem em período integral e, como no ensino médio regular, a formação ocorre em três anos.

Aluna do 2º ano do curso de Agroindústria da escola Júlia Giffoni, que oferece ensino profissionalizante desde o ano passado, Adriana Monteiro participou da recepção dos novos alunos na Escola Joaquim Moreira de Sousa. ``O curso mudou a minha vida. Antes, eu só ficava na escola durante a tarde, não sabia o que fazer, não tinha apoio ou incentivo. Agora eu já tive várias oportunidades, conheci empresas, participei de feiras``, diz a estudante, que pretende fazer vestibular para o curso de Engenharia de Alimentos.

A escolha pelas escolas que se transformariam em espaços de ensino profissionalizante não foi aleatória. ``O primeiro critério foi a distribuição geográfica na cidade. Depois, observamos as condições da escola, porque, para dar continuidade, precisava ter, no mínimo, 12 salas de aula disponíveis``, afirma Idilvan Alencar, secretário-executivo da Seduc. ``Em 2008, abrimos 25 escolas profissionalizantes. Em 2009, mais 26. Hoje (ontem), estaríamos abrindo oito. Mas, devido a um atraso na reforma da escola em Mombaça, abrimos sete``, diz.

Idilvan Alencar destaca que, com a educação profissionalizante unida ao Ensino Médio, observa-se um interesse crescente dos estudantes. ``A evasão escolar nas escolas regulares é de 20 a 25% no primeiro ano. Nessas escolas, a média é zero. Praticamente ninguém desiste``, lembra o secretário-executivo.

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